sábado, 28 de janeiro de 2012

O que seriam as crianças, a mudança e a educação se não fosse à maior flor do mundo?



Certo dia, ao procurar um livro de José Saramago, eu descobri que o autor se dedicou a produção de um livro infantil, entre suas inúmeras obras literárias.
Este livro se chama “A maior flor do mundo”. comprei e ao longo de lê-lo descobri que entre todo livro escrito para crianças, existia uma moral que o norteava, com isso escrevi este pequeno texto para contar o meu ponto de vista sobre esta história. Nesta oportunidade, conto o que compreendi daquele menino protagonista do que buscava ao longo do seu curioso caminho e o que este caminho teria com a educação e com a mudança.
Ao longo deste caminho ele descobriu que no seu empenho de salvar uma flor, poderia não necessariamente salvar a vida a uma flor, mas que seu empenho poderia salvar a maior flor do mundo. Algo tão grandioso que o que este personagem não acreditava que na sua pequena atitude poderia propiciar a todo um vilarejo algo tão nobre e tão grande como um sonho.
Então, ao comparar este feito nobre de salvar uma pequena flor fadada à morte pelo desmatamento provocado por adultos, uma criança poderia perceber o simbolismo que no meu “entender de leitor” enquanto houver vida, certamente haverá a esperança.
No acreditar que aquela flor teria o direito de continuar a ter vida, continuei a refletir que nossas atitudes propiciam a humanidade, a Mudança. De acordo a Ciência e a Filosofia que em poucos momentos estes dois saberes dialogam linearmente, uma coisa concordam, que Mudança é Movimento.
O movimento de produzir novas atitudes, idéias, descobertas, possibilidades que trazem a nós adultos a única possível certeza, que a estabilidade é um erro.
Se fosse pela estabilidade a flor da história esquecida pela atitude dos adultos estaria entregue a morte, mas o movimento proposto pelo menino ao perceber a situação da flor, possibilitou a mudança da história a quem já mais não acreditava viver. Que uma simples flor, pudesse ser a maior flor do mundo, mas se não fosse, teria também direito a vida.
Só pode existir Educação de acordo com o próprio José Saramago se a mudança e o movimento forem  maiores do que o fatalismo e a acomodação. Para  a possibilidade de salvar que seja uma flor e que esta possibilite ser um dia a maior flor do mundo, não basta o estável. Devemos abrir mão do concreto e ser  redescoberto no outro. Não adianta sozinhos sermos a mudança que queremos se não possibilitar aos outros também o desejo de juntos possibilitarmos a mudança. Afinal, não vivemos sozinhos e estáveis.

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