sábado, 29 de dezembro de 2012

Poder da Comunicação



Sem financiamento externo, sem propagandas, sem visão de lucro. Apenas no desejo de construir outros espaços de informação, chegamos pouco mais de um mês no alcance de 344 mil usuários, sendo que semanalmente 56 mil pessoas acessam e 4 comentam os textos e notícias.


Sem dúvidas, cada vez mais iniciativas como estas fazem o PIG perder espaço na disputa da informação em todo mundo. Siempre en la lucha! 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Uma Nova Ordem Societária


Para além do ecologicamente correto




Um mundo sustentável não se faz só de desejos, políticas de redução de imposto de renda, de incentivos fiscais e produção de produtos ecologicamente corretos porem caros. A defesa de um mundo sustentável se faz de uma constante luta por um planeta melhor.

Enquanto existir o capitalismo, não existirá sustentabilidade. Um modo de produção econômica que vive do
Lucro, da exploração e da mais-valia não pode ser Sustentável.

Não pode existir igualdade no Planeta quando alguém que explora e escraviza seres humanos, estupra a natureza é chamado de empreendedor.

Menos ainda pode existir paz quando acreditamos que os seres humanos são donos de todas as demais espécies do planeta.

Um outro mundo não é apenas possível, mas sim necessário. Quem defende agronegócio, agrotóxicos, latifúndios, "políticas pobres de responsabilidade ambiental" e paga baixos salários, não é a favor da vida. Esconde-se atras de uma mascara de sustentabilidade, mas produz todos os dias a morte.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Liberte-se


Neste instante,
as grades te fazem refém.
Sua vida, nada importante
se vida você não tem.

Compre, venda, alugue,
não se preocupe,
nem mesmo escute
Conselhos que fora da televisão
não veem.

Consuma,
Algo que seu espirito não dome,
e não lhe tome
de algo que a liberdade dê.

As grades,
apenas listram os dias.

Agora, se tiver mais ousadia,
Não consuma presentes,
E sim os sentimentos pendentes
e reflita poesia.


Santa Ceia!


sábado, 22 de dezembro de 2012

Utopia




A utopia é como o horizonte.
Nós o vemos, ao longe, 
nunca o alcançaremos, 
mas serve para que 
continuemos sempre 
a caminhar.


Eduardo Galeano



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Aniversário EM BH não precisa de Babá


A cidade de Belo Horizonte completa 115 anos. Muitas histórias, muito diálogo e muito ainda a se construir... Certamente a sua centésima décima  quinta primavera será marcada de grandes mobilizações sociais, entre elas a da continuidade do Movimento #ForaLacerda.

Estrutura organizada por diversos setores dos Movimentos Sociais promete continuar o que desde a "Praia da Estação" vem trazendo a cidade, a construção dos espaços democráticos de diálogo, a busca por apoio popular e a construção da democracia. A cidade não precisa de Babá, mas sim de luta social!

Estaremos nas ruas, nas praças e em todos os espaços.. Mesmo se chover, pois não temos medo de tempestades, estas sim quando passam trazem cada vez um Sol MAIS bonito!


 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Massacre de Felisburgo: Oito Anos de Impunidade



Em 20 de novembro de 2004, no Município de Felisburgo, região do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, aconteceu um dos mais estúpidos massacres da historia de Minas e do Brasil. O latifundiário Adriano Chafik e mais 17 pistoleiros invadiram o acampamento Terra Prometida em plena manha de sábado atearam fogo nos barracos, escola e fortemente armados com pistolas, escopetas, rifles assassinaram 5 trabalhadores Sem Terra e balearam mais 12, entre elas uma criança de 12 anos. As famílias vinham sendo ameaçadas há mais de 2 anos, sendo que vários Boletins de Ocorrência foram feitos na Delegacia de Policia local e nada foi feito pelas autoridades locais para evitar mais um massacre sangrento manchando nossa sociedade que se diz civilizada.
O suposto proprietário é “dono” de pelo menos mais três fazendas na região e pelo menos mais quatro fazendas no Sul da Bahia. Na Fazenda Nova Alegria em Felisburgo, o Instituto de Terras de Minas Gerais comprovou que pelo menos 515 hectares de terras são devolutas, ou seja, o fazendeiro grilou as terras públicas, mesmo assim, a fazenda não foi desapropriada. A policia prendeu Chafik por duas vezes e foi solto as duas vezes pela “justiça” brasileira. As famílias vítimas do massacre ainda estão traumatizadas e muitas delas ficaram invalidas para o trabalho da roça e nunca foram indenizadas pelo Estado e nem seus pertences pessoais não foram ressarcidos.
Nas se sabe se por ironia da historia, no mesmo dia 20 de novembro de 1695, o Bandeirante Domingos Jorge Velho saiu de são Paulo para assassinar o líder negro Zumbi dos Palmares em Alagoas, o fato é que o Brasil em toda sua trajetória histórica as elites brasileiras sempre recorreram à violência para manter seus privilégios. Assim foi com os povos nativos, com os negros, com os operários, com os menores de rua, com os Sem Teto, com os Sem Terra.
A razão de tanta violência tem sido sempre as mesmas: a ganância das classes ricas; a proteção do Estado brasileiro; a garantia da impunidade por parte da justiça; a desigualdade social em que as medidas do Estado não mudam a estrutura injusta de nossa sociedade. Os povos que se organizam para mudar essa estrutura injusta são perseguidos e criminalizados pelas elites, enquanto os “cachoeira” da vida vivem soltos e protegidos pela justiça.
Após mais de oito anos do Massacre de Felisburgo chegou a hora da sociedade mineira e brasileira fazer justiça, pois no dia 17 de janeiro de 2013 o assassino Adriano Chafik (réu confesso), irá a júri popular em Belo Horizonte. É a vez da sociedade dizer um basta a impunidade e aos massacres. É a oportunidade de exigir que se faça justiça na terra dos massacres. Queremos que se faça justiça condenando Chafik e seus pistoleiros com uma pena exemplar, pois do contrario continuaremos assistindo a violência contra nosso povo pobre que luta por melhores condições de vida. É momento também de exigirmos que se faça definitivamente a Reforma Agrária em nosso país para que possamos dar uma vida digna aos trabalhadores do campo e para produzir alimentos saudáveis para o povo brasileiro.

Fonte: Marilia Soares - Levante MG

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Só quem constrói o futuro tem o direito de julgar o passado




"Só quem constrói o futuro tem o direito de julgar o passado"
(Nietzsche)


Resguardadas nossas divergências sobre o modelo eleitoral brasileiro e as regras eleitorais, reconhecemos o processo de escolha dos nossos legisladores e executores das políticas públicas como um direito conquistado, há de se dizer há duras penas no caso brasileiro. Neste sentido, cumpre dizer que os processos eleitorais são fundamentais a democracia e as instituições políticas, mas, pensar a eleição como um fim e não como um meio, tem sido uma característica incorporada pelo PT dos partidos tradicionais, de representação de interesses econômicos e de manutenção do “status quo”.
 Assim, não a pretensão de fazer aqui uma analise prescritiva, pois, esta tarefa será confiada ao encontro da nossa tendência. O que consideramos importante é trazer a baila um breve arrazoado sobre os fenômenos políticos com que estamos lidando, a conjuntura nacional sob a luz dos governos Lula e Dilma e o desvio de foco das prioridades centrais, fazendo com que tratemos as questões secundárias como prioritárias.
 Inovar, romper com as atividades mecanizadas, irracionais e ácriticas é uma tarefa revolucionária, tentar buscar cada vez mais chegar na radicalidade de um movimento que pretende por si ser ousado, herege e anormal.
 Temos percebido uma oxigenação ainda lenta de quadros no PT, ao qual acreditamos não ser o principal desafio, dado que o aspecto temporal e natural cumpre este papel, assim o que nos preocupa é nossa capacidade em inovar nossa síntese política. Conforme anteriormente escrito pelo companheiro Leandro Cruz, “temos a mania de achar vitória até nas derrotas”,  e esta característica é uma das que nos coloca em grande grau de conformismo, de aceitação e legitimação das questões que não compreendemos na totalidade e assim reproduzimos discursos sem qualquer nível de critica.
 Os últimos 10 anos no comando do governo central nos permitiram muitas conquistas políticas, que, sem eufemismos, e sob um olhar mais atento, podemos afirmar que não alteraram a matriz da sociedade brasileira que permanece a mesma. De um lado uma parcela de trabalhadores exercendo sub-empregos, empregos informais sem garantias e super-explorados , a classe média convivendo com uma carga tributária alta e os grandes empresários acumulando fortunas e aplicando lucros nos mercados de capital especulativo. Cenário claro de que temos muitos desafios ainda quando tratamos dos conceitos Transferência de Renda e Igualdade Social.
 Do ponto de vista dos investimentos sociais 64% do nosso montante é gasto na Previdência Social, um direito contributivo, sabendo-se que estes gastos não são focalizados e por isso não corrigem distorções. Este gasto previdenciário, conclui-se então que exacerba as desigualdades presentes no Brasil. Do ponto de vista da política urbana, a esquerda brasileira pouco acumulou, as melhores contribuições vem da academia e nos alertam para que as decisões urbanas não sejam reduzidas a projetos de engenharia, mas, que passem por decisões políticas que considerem toda desigualdade produzida no espaço urbano.
 A doutora Ermínia Maricato (2009) fala da história do planejamento urbano no Brasil, demonstrando a infinita sobreposição de modelos de dominação que, utilizando-se do controle sobre o poder político e a burocracia estatal, a legislação, e a economia, permitiram a eterna produção de um espaço urbano de segregação espacial e exclusão social, voltado apenas aos interesses das elites dominantes. Assim, ela afirma que o MST é marginalizado pela luta por reforma agrária, uma luta que deveria ser de todos nós, pois os verdadeiros invasores de terra são os grileiros que atuam na maioria dos casos com ajuda da burocracia estatal. Desta forma interessa aos interesses clientelistas presentes na cultura política brasileira esta situação desastrosa, haja visto que a regularização destes territórios é realizada pelos órgãos públicos quando isto interessa aos gestores políticos.
Em razão da dualidade constitucional presente na oferta dos serviços e da expansão da esfera pública não estatal, no Brasil, associamos a nossa noção de cidadania diretamente ao consumo de bens. Despercebidamente associamos o nosso ideal de democracia ao sufrágio universal, assim como associamos a nossa idéia de transformação da sociedade a mudança de governos de orientações ideológicas diferentes. Desta forma, caímos em paradigmas simplistas frente à complexidade. Se nosso compromisso vem em produzir igualdade social e ela atrela-se ao poder de consumo (mecanismo corrente do capital) e contraponto distanciamos o conceito de democracia apenas nas mudanças de governo, tão pouco popularizamos espaços tão valiosos como fóruns, conselhos e conferências. Estes espaços como exemplo ainda distantes da grande maioria do povo brasileiro, exemplo que, temos dificuldade de construir Conselhos Municipais de Saúde ou de Assistência Social que tenham verdadeiramente a presença dos usuários destas políticas e que ao mesmo tempo, os mesmos quando neles encontram-se tenham poder de decisão.
 Norberto Bobbio certa vez escreveu que o líder governa, e o líder carismático cria movimentos. O PT tem dois grandes lideres carismáticos mundiais Lula e Dilma que criaram movimentos mais fortes na esfera da política internacional do que propriamente na agenda política nacional. Rompemos com o modelo monetarista do Governo FHC, e resgatamos a agenda sócio-desenvolvimentista, iniciada no período Vargas. Mas essa agenda não aprofundou as mudanças estruturantes, e podemos afirmar que estruturas do capital privado no Brasil estão mais fortalecidas que antes. Recentemente foi divulgado pelo IBGE que a distancia entre ricos, muito ricos, pobres e muito pobres diminuiu somente se comparados os ricos e os pobres, se comparar os muito pobres e os muitos ricos na maioria banqueiros e investidores da especulação e do mercado de crédito, as diferenças são astronômicas.
 Completamos 10 anos no governo central sem conseguir taxar as grandes fortunas, sem conseguir fazer uma política agrária de democratização de terras justa, sem conseguir transformar a base da sociedade que concordando com Marx só se dara quanto forem alteradas as relações no mundo do trabalho. Os povos indígenas continuam na luta pelo reconhecimento de suas terras enfrentando sem a devida proteção do estado os grileiros de terras, os povos quilombolas estejam talvez em situação pior, dado que o reconhecimento de suas terras sem a efetivação de desapropriação das mesmas só esquenta os conflitos no campo. Ou seja, a estrutura agrária e fundiária no Brasil ainda é concentrada na mão de famílias tradicionais, grandes empresas e grileiros de terras públicas.
 Enfim, nestes 10 anos no governo, não conseguimos sequer alterar as regras das disputas eleitorais. Comemoramos irracionalmente a derrota de adversários regionais como se estivéssemos derrotado todo o complexo sistema que impede o crescimento do país ou o banditismo praticado pelos empreiteiros corruptos aliados a homens que ocupam cargos públicos e operam para a iniciativa privada, como se o derrotado fosse a política neoliberal  privatista ou os opressores da classe trabalhadora.
 Por fim retomamos o debate eleitoral, utilizando de uma frase do companheiro Vitório Junior “fazemos um esforço de elefante para parir um rato”. As disputas eleitorais servem hoje mais as estruturas e dirigentes partidários, financiados com capital privado do que para o conjunto da sociedade dispersa, que espera por mudanças. Não estamos questionando aqui os entraves da democracia, questionamos a política majoritariamente incremental dos governos de esquerda. Criticamos com o devido respeito, a forma com que temos sido flexíveis com os problemas centrais do Brasil e atuado fortemente nos secundários. Assim, o PT convive com um aparato normativo exagerado e com uma radical flexibilidade dos mesmos.
 Não vivemos em uma democracia bipartidária, de gabinetes monopartidários e por isso nossa tolerância em governar com os diferentes, é uma missão e não uma opção. Mas como separar os diferentes dos antagônicos?
 Concluímos afirmando que muitas transformações estão em curso no país, mas, em sua maioria são ações pontuais e não alteram definitivamente a matriz da sociedade brasileira. Que resumimos como sendo industrial, com grande concentração fundiária, com planejamento urbano voltado para os interesses imobiliários, com uma democracia de sufrágio universal dirigida pelas elites políticas que são em sua maioria dirigidas ou influenciadas pelas elites econômicas, com um sistema previdenciário que promove e exarceba as desigualdades, com uma desarmonia entre os 3 poderes e um federalismo amplo que dificulta a implementação de políticas nacionais.

Enfim, nossos desafios são do tamanho do Brasil.

Glênio Martins – Graduado em Comunicação Social, Pós Graduando em Especialização em Políticas Públicas –UFMG, Chefe de Gabinete do Incra em Minas Gerais e membro da direção nacional do MAIS PT.
Leonardo Koury Martins – Assistente Social, Autor de 3 livros, Gestor de Políticas Públicas de Educação em Contagem MG e militante do MAIS PT.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mulher e Futebol: mandar o machismo pra escanteio





Dizem por aí que o Brasil é o país do futebol e que aqui, todo cidadão tem um pouco de técnico e comentarista. O futebol ocupa capas de jornal, horários nobres nos noticiários televisivos e é o protagonista das conversas de mesas de bar. Os intelectuais afirmam que é um esporte muito democrático, artistas cantam as plásticas do futebol e homenageiam seus times. Todo menino já jogou bola: em casa, na escola, na praia, no campo, na quadra, ainda que nunca tivesse levado muito jeito para a bola nos pés. Tem os fanáticos, os que gostam, os que nunca foram ao estádio, mas todos tem um time.

Se você é homem e leu esse parágrafo inicial, provavelmente achou tudo natural. Se é mulher, provavelmente não se sentiu incluída sequer no português. Pois é.

Acontece que o o universo do futebol é caracterizado, desde sua origem, como um espaço majoritariamente masculino. Não só no futebol como esporte, mas também nas suas manifestações culturais. A pelada é um espaço masculino, o bar depois do jogo é um espaço masculino, as discussões sobre o impedimento do final de semana são masculinas e o respeito pelas opiniões futebolísticas, também.

Mesmo se tratando do esporte mais popular do Brasil, o futebol demorou a aceitar mulheres tanto como torcedoras (afinal, mulheres fora do próprio lar não eram muito bem vistas), tampouco como atletas, sendo inclusive proibidas de praticarem o esporte, que utilizava como justificativa a preservação da “capacidade procriativa” da mulher. O que pode parecer absurdo agora, era totalmente justificável num passado bem recente e mesmo que alguma coisa tenha mudado, fica a pergunta: o que realmente mudou na relação entre a mulher e o futebol? Atualmente, vê-se os mesmos preconceitos, a mesma falta de oportunidade no menor incentivo ao futebol feminino, desde a organização dos eventos até o financiamento dos times. Os mesmos estigmas que marcaram nossas avós no que diz respeito ao esporte e lazer nos assombra hoje, como forma de dizer: futebol não é coisa de mulher!

Que mulher que gosta de futebol nunca ouviu, mesmo que nas entrelinhas que futebol é coisa pra homem? Que teve sua opinião diminuída sobre aquela falta fora da área só por ser mulher, mesmo que depois o tira teima-teima provado que foi mesmo fora da área? Que se percebeu como a única em um grupo de dezenas de homens a caminho do estádio?

A presença da mulher no futebol ainda é muito caracterizada por três esteriótipos de mulher. A masculinizada e por isso, entende de futebol tanto quanto um homem. A musa, caracterizada também por não entender de futebol, mas por seus atributos físicos padronizados e por compor o tripé: cerveja, futebol e mulher, onde o que importa é sempre, a opinião e a diversão do homem. E por fim, a acompanhante, que está no espaço do futebol por acompanhar o homem, que é o verdadeiro interessado no assunto. Acontece que nós também somos mulheres, gostamos de futebol, mas não nos incorporamos em nenhuma das três características acima e queremos participar, assistir, torcer e jogar futebol sem sofrer com o machismo tão inerente em todas as coisas da sociedade, mas ainda mais exacerbado no futebol.

E se você achou que isso é coisa de militante-feminista-chata-radical, nós vamos ao exemplo prático, pra te provar o quanto o machismo e o preconceito continua a limitar e castrar até mesmo o divertimento em nossa sociedade. Porque se tudo fosse como ditam o status quo,  poderíamos concluir que o futebol é para homens, brancos, heterossexuais e de elite.  Afinal de contas, não são sempre as mães dos juízes, os negros (com tristes episódios de racismo, principalmente no futebol europeu) e os gays os maiores alvos dos xingamentos e piadinhas? E o que dizer dos contratos milionários de exibição na TV, que impõe os horários aos jogos? E o quanto se gasta para ir ao estádio atualmente, não seria para afastar a classe trabalhadora do futebol?

A verdade é que o futebol tem perdido sua característica popular. É por isso que nós, mulheres, reivindicamos o direito de gostar de futebol! E chamamos todos aqueles que também o adoram, a entrar em campo por um futebol sem machismo e sem qualquer forma de preconceito e opressão. Não podemos esperar que os cartolas apontem soluções para isso. Façamos nós, dos nossos estádios,  um lugar cheio de gente de todas as cores, bandeiras, homens, mulheres e paixão, como o futebol pede!


Autoria: Camila Moreno é vascaína doente. Luara Ramos é louca pelo Galo. Elas são socialistas, feministas, adoram uma conversa de boteco e sabem quando é impedimento sem precisar do replay.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Discurso, Políticas Públicas e Redes Sociais



Ultimamente ando me incomodando com alguns discursos presentes nos espaços virtuais, cada dia mais comum e presente nos compartilhamentos de imagens e comentários feitos nas Redes Sociais virtuais.
Discussões homéricas sobre direitos sociais que historicamente conquistamos pela luta d@s trabalhador@s por meio dos movimentos sociais entram em cheque quando o desconhecimento de algumas opiniões que por traz de um conceito individual demonstram por meio coletivo o preconceito proposto pela classe dominante.
É um fato que a descaracterização dos direitos sociais (Bolsa Família, Auxilio Reclusão, ECA entre outros) como também a criminalização da pobreza servem apenas aos donos dos meios de produção, estes sim, que não se beneficiam com estes direitos. A classe trabalhadora em suas diversas facetas quando desfaz deste direito estabelecido arrisca de perder conquistas criadas para sua coletividade.
Criticar a concepção dos Direitos Sociais, construírem imagens preconceituosas sobre a pobreza, as minorias políticas como mulheres, negros, homossexuais. Certamente além de violar Direitos Humanos e possibilitar a reconstrução de expressões Nazi-Facistas. Estas envoltas as redes sociais virtuais possibilitam maior repercussão do que outras questões mais latentes ao interesse coletivo, além de apenas reproduzirem um discurso de ódio.
Acredito na sabedoria de Tim Maia quando dizia que o pobre não pode ser de Direita. Aqueles que vendem sua força de trabalho (do Juiz ao Lixeiro, do Jornalista ao Pedreiro) não pode se dar ao luxo de desfazer dos Direitos Sociais que o beneficiam.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Seguindo pela Esquerda





Ao seguir pela Esquerda vale algumas observações fundamentais para compreensão de nosso papel. Vou contribuir com alguns olhares sobre desafios e perspectiva para um posicionamento revolucionário.

A primeira impressão necessária recorre da ideia de que a Direita nunca se dividiu. Minoria populacional, mas sua forte integração política faz ter poder dominante sobre a atual ordem societária.  Nós que nos reconhecemos enquanto esquerda temos o mal habito de por falta de conhecer o outro, o chamamos de pelegos, esquerdalha, direita disfarçada e etc. Porem digladiemos mais entre a esquerda do que muitas vezes como a própria direita e por coisas tão pequenas que não buscamos nossos pontos em comum.

Outra questão é a falta de compreensão do papel de movimento, partido e governo. A alguns a luta  se dá pelo modelo burguês de democracia eleitoral, esquecendo o papel do partido e a nossa participação construtora das lutas sociais como exemplo esquece Gramsci e o papel de Intelectual Orgânico. Ao dizer sobre papeis e esferas de atuação confio em Tim Maia e duas grandes citações suas: que pobre não pode ser de direita e que não é isso ou aquilo, mas isso e aquilo. Afinal, devemos influenciar governo, partido e movimento social, temos que buscar tod@s que querem caminhar conosco. Não se ganha uma guerra lutando sozinho, como cantava Raul!

Por fim, devemos aprender a ter Unidade na Diversidade, pois desejamos uma outra ordem societária, porem não devemos desejar ser todos iguais. Nossa igualdade é a diferença e não a desigualdade.

Florestan Fernandes tentou nos definir em duas formas, aqueles que lutam ao lado do povo, e o que estão ao lado daqueles que exploram o povo. Não temos que impor um só comando, quando somos todos comandantes, nós somos o Povo.

Leonardo Koury - Assistente Social, Escritor e Militante do MAIS-PT

domingo, 18 de novembro de 2012

Livros são melhores do que armas


Ao ver nos últimos dias o Massacre provocado por Israel a Palestina e por compreender que não existirá Paz, Justiça e Liberdade em meio de bombardeios aéreos provocado por aqueles que invadiram com a ajuda americana o território Palestino e a 50 anos contribui com a humanidade causando mortes e massacres em nome da Paz resolvi escrever algumas reflexões.

Qual o papel de Israel? Assim como os Curdos, os Judeus era um povo sem pátria. Desde a sua retirada nas épocas das cruzadas e da ocupação Otomana (a média de 1.200 anos) os Palestinos ocuparam por direito este território.

Os Judeus em nome da volta a Terra Santa propiciam aos Estados Unidos uma possibilidade de estratégia militar na Península Arábica. Este território passa a ser governado por Israel, porem belicamente financiado com ajuda americana.

A quem serviu os mais de 50 anos de invasão do território palestino? Ao povo árabe que sofre além da opressão da Teocracia, o poderio econômico e bélico que impune aos Palestinos Armas e não Livros!

Se é pela luta de um território, porque se faz com Armas? Se é por direito, porque se ocupa a palestina com opressão? Se é pela liberdade, porque se constrói muros e faz-se chover bombas. Se é pela conquista militar, ai sim, pela conquista justifica morrer 1 israelense a cada 200 palestinos..

Termino como Saramago: "A validez de Israel é tão grande, que precisa ser injusta para justificar direitos, precisa de armas para justificar ausências, precisa de massacres aos outros para justificar suas vidas"





sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Problemas da esquerda




Por: Marcelo Mário de Melo

Os problemas e as soluções que desafiam a esquerda brasileira estão ligados às  seguintes esferas: rima, fotografia, mecânica, televisão, geometria, avicultura, sexualidade, fantasmagoria, referências, realismo, culinária, trânsito, jardinagem, estratégia e tática.

Rima – Pedro Álvares Cabral, colônia de Portugal, império nacional – pessoal, regencial, república de marechal, ato adicional, ato institucional, abertura gradual, anistia parcial, eleição colegial, constituinte congressual, presidência imperial, corrupção visceral. É pau. É pau. É pau. Liberal. Liberal.Liberal. É só mudar a rima.
E é preciso ter muito cuidado a cada instante para não rimar nunca, militante, com arrogante.

Fotografia – Quando utilizamos uma câmera fotográfica, girando à esquerda, proporcionamos mais abertura e mais luz e, à direta, o contrário. Se projetos e ações não seguem este parâmetro, algo deve estar errado.

Mecânica - Há aqueles que, muitas vezes, não conseguem fazer a distinção entre o parafuso e o prego, ou entre os momentos de prego e de parafuso. Chegado o momento de torcer, e com cuidado, põem-se a bater. E na hora de bater com decisão, põem-se a torcer. O resultado são roscas estragadas, pregos perdidos e muitos dedos atingidos.Até o dia em que afinal se entenda que em parafuso e em rosca não se bate e que sem pancada não se põe um prego, ainda, quantos dedos amassados?

Televisão – A programação ao vivo deve superar a em circuito fechado. Para que não predominem o cupulismo e os seus subprodutos: comunista cinco estrelas, o social-democrata de cobertura, o liberal de sala vip, o anarquista de salão, o agitador de corredor, o ativista de sala de espera, o cacique jovem guarda, o precandidato a cacique, a liderança de outdor e a transparência com vidro fumê.

Geometria – Quadrado, polígono, triângulo, círculo e elipse enclausuram os passos e a visão. Mas o círculo espiral não é vicioso círculo em torno de si mesmado numa rotação que amarra. Ele circula crescente, roto-translacional, deixando aberta e andante a porta que engole espaços.  Ele cresce e é engolido pelos espaços que engole, não havendo nos seus giros a fronteira dentro e fora. Pelo movimento espiral.

Avicultura – Não temos nada e adquirimos uma codorninha. Quanto pior, pior, quanto melhor, melhor.  Mas sem conformismo. Não chamar codorninha de galeto.  Nem galeto de capão gordo. Nem capão gordo de peru. Nem peru de pavão. E não esquecer que o objetivo é o pavão.

Sexualidade – Liberalismo, neoliberalismo, é masturbação sem gozo. Social-democracia é gozar fora e em pé. Socialismo stalinista é transar sem sarro e, muitas vezes, sobre cama de caco de vidro e areia. Socialismo com cidadania popular, pluralismo e controle civil, é sarro, dança, gozo dentro, conjunto e muitas vezes repetido em boa cama. E radicalidade: vaselina somente para aumentar a profundidade.

Fantasmagoria – Exorcizar o trio tenebroso: mito, dogma, utopia. Mito é a sombra do anão fazendo gigante no muro. Dogma é a ponte avançando antes de o rio nascer. Utopia é a costura seguindo sem a linha na agulha. Abaixo MDU!

Referências - A esperança crítica, mais além de otimismo e pessimismo; a megalomania moderada - grandes projetos com um redutor; o narcisismo com espelho retrovisor, para que todos possam ver a própria cauda. Sem confundir processo histórico com processo histérico, referência com reverência, paradigma com paradogma e sociedade civil com construção civil, à base de pré-moldados.

Realismo pus e seiva – Apreender o  real tal qual viceja ou apodrece, com o reconhecimento trialético dos saltos qualitativos pra a frente e pra trás, quando a quantidade ruim se transforma em qualidade pior, determinando o momento de sair de perto, tampar o nariz ou dar a descarga.

Culinária – Receita, somente de bolo.

Trânsito - Sempre à esquerda, não ultrapasse pela direita.

Jardinagem - Deixa a massa andar na praça. Depois se fazem os canteiros.

Estratégia e tática – Pela militância quadrilateral: contra a fome, o raquitismo, a subnutrição cultural e a corrupção visceral. Por uma militância com poesia, prazer, amizade e humor.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eleições nos Estados Unidos, 6 por MeiaDuzia

 
Estamos em época de mudança "democrática" no tal Zé Us, onde considero uma mudança de 6 por #MeiaDuzia. Não tenho a pretensão de ficar aqui fazendo profundas análises do governo Obama, menos ainda do antigo governo Republicano GW.Bush, mas é imprescindível ressaltar algumas questões:

Nada mudou de concreto  na política Econômica americana, mesmo com a crise mundial as tais políticas sociais prometidas esperam o termino de ajuda aos ricos americanos, estes sim, mais uma vez foco da gestão governamental.

O descaso com a Rio+20, degradações ambientais, a política de forçar o cerceamento econômico da Síria, as relações estabelecidas no âmbito internacional são provas de que muda apenas partido e não ações do  presidente. Mesmo a promessa do fim de Guantánamo, esta esperada por todo planeta não foi cumprida, por lá ainda se faz os maiores descasos e violações no que se tratam os Direitos Humanos, financiadas e pelas mãos dos próprios estadunidenses.

Aos Movimentos Sociais, cabe a solidariedade ao povo Palestino, a luta contra a exploração d@s trabalhador@s, estas bandeiras nenhum dos presidentes americanos, negro ou brancos um dia se comprometeu.

Como diria os cantos populares: "mudanças ao povo sim, com americanos não, queremos são direitos, os Yankes querem privatização."

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MARILENA CHAUÍ: "Há três maneiras de recusar a política"



Em ato promovido por estudantes da USP, para discutir a cidade de São Paulo, Marilena fala sobre as três formas de se recusar a política, e diz as razões pelas quais vota em Fernando Haddad (23 out. 2010).

domingo, 21 de outubro de 2012

Orgulho em ser Vermelho



Com tantas cores a existir nas patinas e aquarelas, percebi em uma delas, o Vermelho, um significado para minha história de vida e para minha militância ao longo dos movimentos sociais.
O Vermelho me lembra as conquistas históricas de nossa sociedade, me lembra a luta dos mais pobres e junto aos mais pobres na construção dos direitos civis, políticos e sociais. O Vermelho da construção da cidadania, da redemocratização, do simbolismo da esquerda brasileira que não se deixa confundir com aqueles que ressurgem cotidianamente o neo-liberalismo travestido de novas oportunidades no capital.
O vermelho me faz acima de tudo, lembrar de Che Guevara, da cor de uma Juventude que mudou a história da América Latina, que além da retomada democrática em diversos países, se orgulha no Brasil de ter contribuído na eleição do primeiro presidente operário e a primeira presidenta mulher.
Eu não tenho vergonha de ser Vermelho, eu tenho orgulho de ser Vermelho. Por gostar de todas as cores tomei partido ao Vermelho por compreender que entre todas as outras, está não apenas em Contagem, mas em toda história do mundo simbolizou a cor da Esperança.
A Esperança é certamente Vermelha!


Plano de Fundo!


Cartazes da Revolução Russa!






sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ser diferente é fazer a diferença


Ser diferente não significa combater a desigualdade. Diferente é o de equilíbrio, a distância de uma proximidade do que antes seria um detalhe invisível. Tornar-se diferente é abdicar do termo indivíduo e se tornar sujeito, deixar de andar pelo andar e observar o seu entorno e construir sua própria opinião.

Ser diferente, estar diferente, pensar diferente não desconstrói a Igualdade, pelo contrário, o que temos de igual em nossa vida, em nosso mundo é a diferença, talvez a única coisa que verdadeiramente nos iguala.

Portanto, num modelo de ordem societária que padroniza, numera e banaliza o comum, "seja o diferente, faça a diferença".




terça-feira, 9 de outubro de 2012

Donos da Globo são cachorros do EUA




Eleito democraticamente pelo povo Venezuelano, 
Hugo Chávez faz declarações sobre a imprensa golpista brasileira, 
as relações internacionais com o Brasil e a consolidação da democracia. 
O governo é do povo, a imprensa que vive a serviço da direita, não percebeu isso ainda.



 Hugo Chávez: "donos da Globo são cachorros do EUA"

domingo, 7 de outubro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dilma na República Socialista do Barreiro



Empolgante, com sentimentos a flor da pele e com o coração vermelho, a presidenta da República fez ontem na Praça da Febem no Barreiro, conhecida pelos militantes de esquerda como “a nova moscou”, um discurso visualizando as eleições municipais e 2014.
            Dirigindo a quem se diz dono de Minas Gerais, qual ela citou que este estado é de tod@s e que não saiu dele para tomar cerveja e ir à praia, mas por que foi perseguida pela Ditadura Militar e não temeu em nenhum momento em lutar pelo Brasil. Contribuiu dizendo que Belo Horizonte não é uma empresa para ter Patrão e que o Patrus deve estar a frente dos projetos que começamos e foram abandonados pela atual gestão municipal.
Cita que as cidades mineiras, “como Contagem”, merecem sim distanciar das mentiras e do coronelismo no passado. Que só quem muda o Brasil pode continuar mudando a vida das pessoas em todas as cidades mineiras.
Tenho certeza Dilma, assim como outros companheiros, que diferente de quem se diz dono de Minas Gerais, jamais vai ser chamada para ter sua “saideira” no HPS do Mater Dei.  

domingo, 30 de setembro de 2012

Racismo na Globo, por Emicida




De Emicida

Voltei do Jantar agora a noite e a Van, dessas moderninhas que tem televisão e tudo mais, estava transmitindo Zorra Total, Já havia visto uma vez alguma manifestação, talvez através do Geledés que aquele personagem que estereotipa a mulher negra suburbana era extremamente racista e contribuia fortemente com a desvalorização (maior ainda?!?!?) da mulher preta em nossa sociedade ( e olha que é dificil conseguir desvalorizar mais ainda a mulher negra em nossa sociedade ).

Elas Recebem menos, tem suas caracteristicas fisicas criminalizadas por uma ditadura eurocêntrica de beleza (isso se aplica aos homens pretos também), são abandonadas, representam uma porcentagem monstruosa das adolescentes grávidas e das mães solteiras, das que não conseguem um (bom) emprego e quando conseguem retornam cansadas ao sábado a noite para suas humildes casas para ser alvo de um quadro extremamente racista onde são humilhadas por um programa de humor (que nem engraçado é pra começar, Zorra total é ruim pra caralho ) no maior canal de televisão do País.
Estamos em um momento delicadissimo na história do Brasil, Discute-se sobre o Racismo na obra de Monteiro Lobato, Cria-se um Plano de prevenção a violência contra a juventude negra porém um ataque contra a Etnia que mais trabalhou por este país passa despercebido desta forma, como uma piada, o mesmo tipo de piada que foi hospederia durante todos estes séculos da doença que é o Racismo ( e só o dono da dor sabe o quanto dói ), em um Brasil que tornou crime o racismo (vitória!) mas conseguiu humilhar cada um dos que um dia tentaram denunciar algum caso de Discriminação racial (derrota!) tornando sua própria lei, uma irônica punhalada que faz o sangue preto rico em sofrimento continuar correndo invisível por nossas ruas.
Deixo aqui meu desprezo a este “humorista” que aproveita-se da triste situação em que esta sociedade doente colocou nossas mães/irmãs/esposas/amigas. E maior ainda é minha tristeza com nossos irmãos Pretos/Brancos/Indios que não conseguem identificar tamanha violência racial adentrando suas casas.

Muita Força as Mulheres Pretas, as nossas lindas Mulheres pretas!
Jamais se esqueçam de onde vem os diamantes Mulheres pretas!

Emicida

A rua é nóiz





domingo, 23 de setembro de 2012

O mundo individual!




Idiota, do grego:
Id = Eu
ota = sufixo formador de gentílico; categórico coletivo.

Eis o que nós somos; a sociedade de indivíduos que não enxergam o seu todo,
mas apenas suas minúsculas individualidades.

Autor: Luiz Terra

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A um poeta da Revolução Brasileira




Homem que passou por mais de um partido, Carlos Nelson Coutinho foi extremamente íntegro e coerente com a mesma luta, aquela descrita por Antonio Gramsci em sua Concepção dialética da história:

Criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente descobertas originais; significa também, e sobretudo, difundir criticamente verdades já descobertas, socializá-las por assim dizer; transformá-las portanto em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual e moral. O fato de que uma multidão de pessoas seja levada a pensar coerentemente e de maneira unitária a realidade presente é um fato “filosófico” bem mais importante e original do que a descoberta, por parte de um “gênio”, de uma nova verdade que permaneça como patrimônio de pequenos grupos intelectuais.

Para além de suas contribuições originais, sem dúvida, a maior herança deixada pelo tradutor, peloeditor, pelo pensador e pelo militante Carlos Nelson é a difusão de uma “nova cultura”, profundamente comprometida com a luta pela emancipação humana.

Com imensa generosidade, somente igualável a sua erudição, Carlito, como os amigos e camaradas mais próximos o chamavam, contribuiu para forjar novas gerações de lutadores e lutadoras comprometidos com a transformação social da realidade, solidamente formados naquilo que de melhor a tradição marxista produziu.

Hoje, dia de homenagens e de despedida, não queremos nos privar de dizer que, parafraseando Pablo Neruda nos versos que dedicou ao seu Partido, Carlito se tornou indestrutível, pois com o legado que nos deixa ele não termina em si mesmo, mas segue conosco, nas lutasque irmanadamente assumimos.

Ao prefaciar uma obra sobre a revolução sandinista, certo companheiro afirmou que, na Nicarágua, a poesia tomou o poder. Infelizmente ainda não é possível dizer o mesmo sobre o Brasil. Todavia, camaradas como Carlos Nelson escreveram e nos deixaram belos e importantes versos. Cabe a nós, novas gerações, levar a poesia ao poder!

Camarada Carlos Nelson Coutinho: PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE!!!

Corpo discente da Escola de Serviço Social da UFRJ
Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

O que nos resta




Eu não consigo imaginar qualquer
caminho se não estiver segurando sua mão.

Eu não consigo perceber qualquer ritmo
se não for contigo ouvindo alguma canção.

Eu não me imagino dormindo sozinho
sem você acompanhando meus sonhos.

E eu aqui e você ai.

Quando me vejo sozinho no espelho, 
vejo a solidão que somos.
Ando pensando no plural, nós, 
Porém ecoa apenas, minha voz.


Leonardo Koury

sábado, 1 de setembro de 2012

#ForaLacerda sempre nas ruas



Sem dúvidas depois do Fora Collor nenhum político brasileiro obteve tanta rejeição quanto Marcio Lacerda.

Milhares de pessoas saíram as ruas neste sábado de livre iniciativa para pedir aos belo horizontinos que não votem em quem mais perseguiu os Movimentos Sociais em toda história da capital mineira.

A constante perseguição a luta pró moradia, o tratamento desumano ao movimento LGBT, aos morador@s em situação de rua, a criminalização da pobreza certamente são mais marcantes do que os mais de 130 milhões de reais gastos com propaganda pelo governo municipal.

Pode ter certeza que o povo sabe que “ele pisca quando mente”, pois estamos nas ruas, nos Movimentos Sociais atentos para não ter a continuidade do Facismo Laranja daquele que começa com M e termina com ERDA...








“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo