domingo, 21 de agosto de 2011

Jornada de Lutas do MST!


Por Quem Os Sinos Dobram


Composição: Raul Seixas

Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
Cê sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida e que vive guardada
O eco de suas palavras não repercutem em nada

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado, é...
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.

sábado, 20 de agosto de 2011

O porquê de votar no CRAS, obra 1 do OP Contagem – Riacho


*Carta aberta aos amigos contagenses, publicada no portal UOL/Literatura e no Blog www.teoriaversuspratica.blogspot.com
Leonardo Koury Martins

É imprescindível quando se fala das conquistas ao longo destes dois mandatos municipais petistas erguidos conjunto o nome da prefeita Marília Campos se não lembrarmos a grande luta da Assistência Social em Contagem na busca pelo trato público com as pessoas.
Estes últimos anos, os avanços voltados à normatização, a sistematização e a construção intersetorial e coletiva fizeram com que o amadurecimento da Assistência Social propiciasse a cidade uma vida melhor, não apenas quanto aos índices de homicídio e mortalidade, mas a qualidade de vida proporcionada aos idosos, crianças e adolescentes, a juventude e as suas famílias.
A Assistência Social apesar de se buscar atender aqueles que precisam como vulnerabilidades no campo econômico, geracional, social e como proposta o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários atende consideravelmente hoje a população mais pobre de toda cidade brasileira. Esta população que historicamente na sociedade foram deixados de lado por um estado opressor em alguns momentos e clientelista e assistencialista em outros, conhecido por um velho ditado: “entre a caridade e a repressão”.
E por mudar esta história, por trabalhar por uma Contagem mais integra nos aspectos mais acentuados construção da cidadania, seria impossível não construir conjunto ao próprio povo a ampliação de equipamentos públicos e a continuidade de um bom trabalho que para além de atendimentos individuais, o fortalecimento da comunidade e da família torna-se não apenas nosso foco legal, mas nosso foco ético e político.
Neste sentido, venho tentar incorporar minhas idéias e minha militância, pedindo voto junto a diversas lideranças da região do Riacho, aos aguerridos servidores da área social e a todas cidadãs e todos cidadãos contagenses possibilitem a mais nova regional de Contagem, a regional Riacho, o primeiro CRAS ou como popularmente chamado, Casa da Família construído na região como também todas as obras de interesse da cidade.
Será nas mãos do povo e na sua perspicácia de perceber a importância da participação popular o aumento significativo dos atendidos pela Assistência Social, tornando cada vez mais uma Contagem democrática na sua construção e continuo planejamento.



Leonardo Koury Martins, Graduado em Serviço Social, autor de dois livros e ex-diretor do Sindicato dos Escritores de Minas Gerais.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Uma nova ordem societária precisa de novas formas de Poder



No ideário da autora e revolucionária Rosa Luxemburgo (1906), não podemos pensar em uma nova ordem societária se não repensarmos as nossas formas de poder, o nosso espaço de condução das “coisas no mundo”.
Não seria desfavorável ressaltar que hoje completamos quase 3000 anos (se considerarmos o ano de 1.1OO a.C.) do modelo de condução do poder em Atenas que apesar de toda sua adversidade histórica buscava uma relação de autorgados na igualdade. Posterior a ele reproduzimos relações sociais hierarquizadas e desiguais entre cidadãs e cidadãos em qualquer espaço que conduzimos como em Roma, nos Feudos e nas relações burguesas.
Mantemos por todos estes milênios no mundo ocidental considerando uma análise histórica e dialética, a construção entre opressores e oprimidos na qual ainda não superamos.
Construímos ao longo desta faixa de tempo produções importantes na humanidade como diria Michel Foucault (1979) como à arte, a ciência, a matemática, mas não conseguimos superar o desafio da desigualdade anunciada das relações. Nesta perspectiva, os sujeitos que tem uma identidade socialista, que busca antes de tudo o combate a opressão e a construção de uma nova forma de organização da sociedade deve perceber as manifestações esféricas e como representam a forma das instituições e a legalidade que garante a continuidade de um modelo repressor forjado muitas vezes de uma falsa democracia suja na economia do capital.
Michel Foucault trabalha esta dimensão, buscando compreender o poder em toda sua representação na esfera social, econômica e cultural como abaixo:
"Trata-se (…) de captar o poder em suas extremidades, em suas últimas ramificações (…) captar o poder nas suas formas e instituições mais regionais e locais, principalmente no ponto em que ultrapassando as regras de direito que o organizam e delimitam (…) Em outras palavras, captar o poder na extremidade de cada vez menos jurídica de seu exercício (Foucault, 1979, p.182)."
Perceber como manifestamos frente às condições já construídas e que tão importante quanto o ato de propiciar uma transformação que somente será socialmente igualitária quando superamos a relação de controladores e controlados, de presidentes e presididos como também de trabalhadores e patrões ou de reis e plebe.
Não se pode compreender um mundo tão moderno como descreve Foucault (1979), pois além de construiu maquinários como Microondas, nave espacial e até jogos tridimensionais não conseguimos problematizar outras formas de construção coletivas que fujam da esfera do comandar e do ser comandado.
Na mesma perspectiva, na condução de buscar outras formas de poder para a construção de outro tipo de humanidade deve-se lembrar que chegamos a um mundo no qual por mais que os teóricos do século 16 previam a morte pela fome, se tem nos dias de hoje supermercados sem nenhuma prateleira vazia e pessoas com fome ao lado de fora.
Buscar uma nova ordem na qual tantas mulheres não sejam mortas pela intolerância masculina, que negras e negros não sejam alvo do racismo da polícia ou que milhares de quilômetros de florestas deixem de existir acabando com toda diversidade ambiental para dar espaço ao agronegócio.
Não iremos superar tamanhos desafios para um novo mundo se assim como Rosa Luxemburgo não percebemos a importância de discutir formas de democracia do poder.
Afinal, se acreditamos que outro mundo é possível, é mais que necessário buscarmos uma construção onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes, pois somente assim seremos totalmente livres.

¹. Leonardo Koury Martins é formado em Serviço Social, professor e militante do MAIS PT.

“Acordei com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade"
Leonardo Koury Martins

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar"
Saramago

"Teoria sem prática é blablabla, prática sem teoria é ativismo"
Paulo Freire

"Enquanto os homens não conseguirem lavar sozinhos suas privadas, não poderemos dizer que vivemos em um mundo de iguais"
M.Gandhi

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres"
Rosa Luxemburgo